
sem ocupar lugar rasga caminhos,
tem raízes nos sonhos
colhe da palavra a verdade
e semeia-a nos recortes dos dias
sensível aos prazeres
no sémen imposto e belicoso
onde pinta mistérios
ocultos, sabiamente pela vida
passagem inevitável, na indolência do flagelo
brilha na criação do mundo,
sacudindo opulenta a inocência da terra
esvai-se, no transporte das vozes
vida secreta na limalha da paixão
na solidão dos abismos
efémera certeza da dor num rosto iminente
mágico, o teu poder iriado
a vida, aperta o instante da graça
na corda dos sinais
e a pausa é corda da vida...
l.maltez